O trânsito está um caos
Semáforos que retardam tantos destinos, embora estáticos permaneçam
Em um fluxo de motoristas estressados, cansados e adoecidos...
Remam contra a maré, uma massa de loucos ensandecidos
Todos reféns de tanta tortura, raiva, medo, sangue, suor e lágrimas
Passageiros, seguem aflitos, rumo à maçante confluência de inúteis entroncamentos
Avançam os homens e seus automóveis, na direção incerta das vicinais
Cortam caminhos, por estradas, passagens e avenidas. Vão para além das sagradas calçadas e acostamentos
Seguem afinal, fugitivos de tamanha lentidão
Tentando evitar infindáveis engarrafamentos
Para alguns não há saída, só lhes resta esperar
Enquanto isso, pedestres e ciclistas tentam sobreviver
Em meio ao tiroteio de pedais, embreagens e aceleradores suplicam sob os pés que os pisoteiam impiedosamente
Para onde iremos? O que será da nossa gente? Se aqueles que deveriam, não desatam os nossos nós
Não precisamos só de rotas alternativas, precisamos de governantes que saibam realmente dirigir, nos dois sentidos da palavra
Governantes que tenha habilidade para encontrar uma saída, e enfim consigam equilibrar os interesses da população
Cada um de nós somos responsáveis pela construção dos novos rumos de nossa cidade
Destinos que se traduzirão na drenagem de toda a falta de planejamento
E se converterão na pavimentação e na sedimentação do desenvolvimento que nos conduzirá a um progresso, realmente sustentável.
*Créditos da Foto: Lucivaldo Sena - Agência Pará.