Algodoal é, também, o nome da maior vila, das quatro que existem na ilha. As outras três são Fortalezinha, Camboinha e Mocooca. A vila de Algodoal é a principal por ser a maior, a que possui a melhor infraestrutura para acomodação de turistas e, conseqüentemente, a que recebe mais visitantes. Estas quatro vilas são separadas entre si por porções de manguezais e seccionadas em alguns pontos por canais de maré.
Os 19 km² da Ilha de Algodoal são marcados pela tranqüilidade, pelos cenários maravilhosos que atraem turistas de todo o mundo que nunca se decepcionam com a sua natureza bucólica, bela e dadivosa. A comunidade da ilha é formada por pessoas simples e receptivas que vivem, basicamente, da pesca, da agricultura de subsistência e, ultimamente, do turismo.
A energia elétrica somente foi introduzida na ilha em janeiro de 2005 e o abastecimento de água é realizado por meio de poços artesianos que fornecem água de excelente qualidade.
Os meios de transporte existentes são a bicicleta, o barco (a motor ou a remo) e a carroça puxada por cavalo. Veículos terrestres motorizados não podem entrar na ilha.
A maior parte de suas extensões de areia permanece deserta, mesmo em períodos de alta temporada, o que permite a realização de piqueniques privados. Nesse caso, recomendamos a utilização das carroças, que podem deixar o visitante na praia desejada e retornar, num horário pré-estabelecido, para buscá-lo.
Caso se prefira as praias mais badaladas, as opções são a da Princesa, a mais agitada, e a da Caixa D’água, a mais próxima à vila de Algodoal.
As praias da região do Salgado têm uma peculiaridade especial: todas sofrem influência das marés dos rios amazônicos, o que faz com que, de seis em seis horas, haja uma variação significativa no nível do mar. Nos períodos de maré baixa, a água recua centenas de metros e forma lagoas naturais que são muito bem aproveitadas pelas crianças.
Praia da Princesa
A praia da Princesa tem quase 14 quilômetros de extensão e foi classificada pelas revistas Time e Playboy como uma das dez mais bonitas do Brasil. Quem a conhece sabe que a classificação é justa.
Na Princesa, há bares que funcionam nos períodos de alta temporada. Neles, é possível encontrar refeições simples, como o peixe frito e a caldeirada, lanches e as bebidas mais consumidas no Brasil: a cerveja e a caipirinha.
Praia da Caixa D’água
Localiza-se em frente à vila de Algodoal e nela há bares que servem refeições e bebidas. Normalmente, mesmo fora de temporada, encontramos estabelecimentos em funcionamento nesta área. A Praia da Caixa D’água não serve para banho enquanto a maré está baixa.
Praia da Beira
É a da chegada, onde os barcos que fazem a linha Marudá/Algodoal aportam. Tem pouca infraestrutura e não é recomendável para banho durante a maré baixa.
Enseada do Costeiro
É a praia mais perigosa da ilha, por apresentar as maiores ondas e haver registro de presença de tubarões nela. Nem mesmo os surfistas se aventuram por estas bandas, mas, um passeio de barco por lá é bastante agradável e um piquenique nas suas areias não oferecem perigo algum.
A Lei Federal nº 6.902/91 prevê a criação dessa nova categoria de UC, que difere fundamentalmente das demais, por contornar a problemática da desapropriação de terras.
Criada em 1990, a Área de Proteção Ambiental de Algodoal/Maiandeua ainda se encontra num processo (parado) de implantação. A comunidade de pescadores distribuída pelas quatro vilas da Ilha nunca foi convidada pelo poder público a participar deste processo, apesar de sofrer diretamente transformações nas suas esferas social, cultural e econômica causadas exatamente pela criação da APA.
A exclusão da comunidade do processo deve-se aos conflitos que existem entre os interesses desta e os do Governo do Estado do Pará.
O Governo, somente, deu o primeiro passo, que foi a criação da APA de Algodoal/Maiandeua no papel, mas o Plano de Manejo, ação mais importante no que diz respeito à preservação da biodiversidade da ilha, não foi implementado, nem tem previsão de ser. O Governo alega que faltam recursos. A comunidade denuncia a falta de vontade política.
O ritmo Carimbó foi criado nas fazendas da região do Salgado do Estado do Pará, no século XVIII, pelos negros escravos que nelas trabalhavam. Há quem diga que tudo começou na Ilha de Algodoal, mas não há como saber.
A palavra carimbó, originalmente, vem do nome de um dos tambores que eram utilizados por esses mesmos negros. O tambor, que também era chamado de CURIMBÓ, é feito de um tronco oco, com cerca de um metro por trinta centímetros de diâmetro e couro de veado esticado sobre uma das extremidades. O instrumentista senta-se sobre o tronco e bate no couro com as mãos.
Para o historiador Vicente Chermont, a batida do carimbó vem do ritmo africano chamado “batuque”.
A dança do carimbó lembra dança-de-roda. Durante a sua execução, o homem corteja a mulher, num ritual mágico, onde é permitido ao homem requebrar a fim de seduzir sua companheira.
Em algodoal, de janeiro a janeiro, é tempo de carimbó. Bastam ecoar os sons dos tambores pela ilha para a festa começar. Os nativos dão um show de dança e os visitantes se deleitam com o que vêem. Alguns tentam ensaiar alguns passos, mas somente os paraenses e os que freqüentam a ilha há algum tempo conseguem algum resultado.
O carimbó, certamente, é uma das grandes riquezas culturais da Ilha de Maiandeua. Embora o Reague e a guitarrada também tenham invadido a ilha.
Os ecossistemas da microrregião do Salgado fazem da ilha de Algodoal uma área cuja biodiversidade é muito rica. Nela, encontramos belas praias, manguezais, belos lagos de água doce, dunas, igarapés, pássaros, animais, frutas de época e muitos frutos do mar.
As espécies de pássaros mais comuns na ilha são: guará, garça, pavão, socó, taquerê, gavião caranguejeiro, caracaraí, cebinho do mangue, matirão, colhereira, marreco, papagaio, batuíra de colheira, maçarico branco, pirão gordo, vira-pedra, etc.
Os animais presentes na ilha são: preguiças, quatis, tamanduás, raposas, gatos maracajá, camaleões, mucuras, macacos de várias espécies, guaxinins, jacarés, jabutis, tartarugas, etc.
Os manguezais são férteis berçários de peixes, mexilhões, camarões, ostras, turus, caranguejos e outras espécies marinhas que dependem desse ecossistema para sua reprodução.
A vegetação da ilha é característica de restinga e apresenta uma grande variedade. Pelas muitas dunas da ilha encontramos frutas típicas tais como ajurus e cajus. Além destas, se encontra, com facilidade, coco, murucí, carambola e manga.
Os frutos do mar que são encontrados com facilidade na ilha são os peixes (pescada amarela, xaréu, tainha, anchova, corvina, gó, cação, mero, gurijuba, dourada, pratiqueira, serra e robalo), mariscos e moluscos (ostra, mexilhão, turu, sururu, camarão e caranguejo).
Em janeiro, fevereiro, julho, dezembro e nos feriados regionais – Alta temporada para os turistas brasileiros;
Em agosto e setembro – Alta temporada para os turistas estrangeiros.
Nos demais períodos – Baixa temporada na ilha, com presença constante de poucos turistas estrangeiros e paraenses.
Normalmente, o visitante busca conhecer a rusticidade da sociedade nativa e a abundante beleza natural da ilha. Além das caminhadas que podem ser praticadas, livremente, pela região, há opções de passeios de carroça puxada por cavalo.
Fonte: http://www.maiandeua.com.br/
Um comentário:
Oi, João Paulo. Obrigada pela visita. Tb gostei do seu espaço, visualmente e pelo conteúdo, que mostra as belezas deste nosso amado Pará. Colocarei o link do seu blog lá no Simplesmente Lu.
Abs!
Luciane.
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