quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Entrevista Exclusiva - Andread Jó e Donaleda

John Paul Jones, editor chefe do Jornal Eletrônico Veredicto Popular

Conforme prometido aos leitores internautas, estamos publicando aqui a entrevista com Andréad Jó, compositor, arranjador, músico e vocalista cearense, integrante de umas das mais promissoras e bem conceituadas bandas contemporâneas de reague do Brasil, o Donaleda.

1 - Como foi seu aprendizado musical, ainda na sua adolescência?
Andread Jó - Bem, ainda criança tive aulas de piano, e aos 15 que realmente comecei a adentrar no mundo da música de verdade. Com 18 já me apresentava nos barzinhos Fortaleza, minha cidade Natal, onde tudo começou.

2 - Desde 2001, você e o Donaleda, têm saído Brasil à fora com a finalidade de divulgar um reggae diferenciado. Como se deu a sua primeira experiência musical que propiciou a aproximação com esse estilo de música, originariamente jamaicano?
Andread Jó – Comecei a ouvir reggae com 14/15 anos. Eu sempre curti conhecer estilos diferentes, músicas que não estavam nas rádios mas que tinham algo a dizer. O fato de eu estudar línguas desde pequeno, me ajudou muito; o Reggae me ganhou pelas letras!! Espiritualidade, as mais diversas questões sociais, tudo isso me atraiu logo de cara. Desde que aprendi a tocar violão, já cantarolava Bob Marley e naturalmente com o tempo foram surgindo minhas canções.

3 - Como foi para você ter tido que trancar a faculdade de Letras para viver só da música?
Andread Jó - Foi uma decisão difícil. O curso me ajudava bastante e desde que entrei na faculdade, tinha 100% de certeza que era aquilo que eu queria como curso superior. A música, digamos assim, é o produto final dessa relação. Chegou a hora de decidir e eu tive que optar pela música pois já vivia dela. A faculdade ficou para um segundo plano mas eu não deixei de estudar e ler, além de escrever sempre que tenho inspiração.

4 - Em 2003 o Donaleda lançou o CD "Liberdade e libertação", com letras marcadamente "espirituais". Todas as demais letras dos álbuns seguintes, também abordam mensagens que falam de paz, esperança, fraternidade, comunhão com a natureza e com Deus. Estas músicas tiveram enorme aceitação no estado Cearense e deram início às turnês pelo Brasil. Como foram feitas as composições dessas letras? Alguma inspiração especial foi responsável pelo sucesso dessas músicas?
Andread Jó - O disco Liberdade e Libertação foi o começo de tudo. Das nove canções, 05 são de minha autoria. Todos os temas que abordo vem de uma forma natural. Nunca forcei para escrever nada. Acredito que quando fazemos as coisas com naturalidade, sem forçar, estamos cada vez mais nos aproximando do “puro”. Lembro que certo dia acordei por volta de 03:30 h da manhã e em menos de 30 min já estava com a letra e música, Jah say Yes, pronta. Deus sempre foi e sempre será meu inspirador maior.

5 - No final de 2004 você saiu do Donaleda e mudou seu nome artístico, de André Augusto para Andread Jó. Por que essa mudança ocorreu?
Andread Jó – Quando decidi sair do Donaleda, eu não queria “recomeçar” tudo. Preferi começar um trabalho solo a montar uma banda e correr atrás. O nome Andread Jó é inspirado no livro de Jó, Antigo Testamento, e no meu próprio nome, André.

"Alpha Blondy pra mim é o maior exemplo de artista".

6 - Suas letras tem características essencialmente cristãs. Seria uma influência do Eric Donaldson, que teve no início da sua carreira, uma forte influência gospel?
Andread Jó – Venho de uma família cristã católica mas só resolvi viver tudo aquilo que a Palavra diz em 2005 quando me batizei nas águas e aceitei Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador. Meu irmão já era protestante e havia me convidado diversas vezes e eu sempre dizia que iria quando fosse minha hora. Naquele ano minha hora chegou.

7 - Você faz ou faria intercâmbios estilístico-musicais com as bandas Bola de Neve e Mount Zion e artistas como Nengo Vieira, João Alexandre, Régis Danese ou Lázaro? (Ícones, atualmente, dos grandes sucessos da música cristã contemporânea).
Andread Jó – Já estou com mais da metade das músicas do meu terceiro disco solo finalizadas. Tenho uma parceria com Nengo Vieira em uma delas, a faixa “Eu Reconheço”. Nos conhecemos em 2005 no Maranhão Roots Reggae Festival e desde então temos alimentado uma amizade e respeito mútuos. Sou fã do trabalho dele e acredito que hoje ele é um dos poucos caras no Brasil que levam o reggae a sério e vive o que prega. Acho super importante o trabalho que igrejas como o Bola de Neve fazem com os jovens. A música é divina! Usá-la para evangelizar é uma benção sem limites.

8 - Eric Donaldson, sempre fez ainda faz um enorme sucesso em São Luís e em Salvador. Como foi a experiência de tocar junto com o Eric Donaldson em 2004? E com o Alpha Blondy, considerado precursor de Bob Marley, em 2005?
Andread Jó – Pra mim foram duas experiências maravilhosas. São dois professores do mais alto nível. Com o Eric aprendi muita coisa sobre a música reggae, sobre a história da Jamaica, a forma como o reggae se espalhou pelo mundo e é claro, ele me ensinou muito sobre buscar originalidade na música. Eric Donaldson é um cara que tenho muito respeito e admiração. Alpha Blondy pra mim é o maior exemplo de artista. Um cara super humilde. Abri três shows dele no Brasil; Fortaleza, São Luis e Belém. O Alpha realmente vive o que ele prega nas suas canções. Ele tem um coração gigante e fazia questão de estar por perto nas rodas de bate papo nos hotéis, aeroportos e nas noites dos shows. Aqui em Fortaleza ele me chamou para traduzir umas palavras pra galera no show dele. Esse foi um momento mágico que jamais esquecerei.

9 - Ainda em 2005, você lançou o álbum solo "Força" que possibilitou o reconhecimento internacional, através do convite do Capoeira Brasil (grupo de fomento cultural brasileiro, radicado em território estrageiro). Por que ocorreu a separação do Donaleda?
Andread Jó - Eu resolvi sair da banda no fim de 2004 pois naquele momento estávamos tendo divergências em relação aos objetivos e estratégias que a banda tinha. Achei mais conveniente sair que criar um clima de bate boca. Banda é coisa séria, é como um casamento. Muitas vezes é preferível dar um tempo que ficar insistindo.

10 - Em 2006, veio o inevitável sucesso na Europa e Estados Unidos. Como foi essa passagem pelo exterior?
Andread Jó – Em 2006 surgiu minha primeira oportunidade de tocar fora do Brasil. Toquei em mais de 10 cidades na França e em Tilburg, Holanda. Foi uma experiência incrível! Desde então estou indo todos os anos em turnê, no início do verão europeu. Nessas idas e vindas toquei na França, Holanda, Itália e Suécia. Graças a Deus consegui conquistar um bom público por lá e tenho trabalhado duro pra estar sempre com novidades.

Andread Jó: "O Alpha realmente vive o que ele prega nas suas canções".

11- Já em 2007, veio o álbum "We are One", lançado inicialmente na Europa e posteriormente no Brasil. É impressão, ou é realmente difícil ser reconhecido em nosso país?
Andread Jó – No Brasil nada é fácil. Nosso país comparado aos países de primeiro mundo é uma criança. Nosso governo e nossos políticos estão contaminados. Nossas leis são ultrapassadas e a justiça deixa muito a desejar. Aqui no Brasil recebo convites desde Belém ao Rio Grande do Sul para tocar, participar de debates sobre a música reggae, e de ações que podem ser feitas para engrandecimento do nosso movimento. A minha música é objetiva e direta e creio que isso se torna uma barreira muito grande para aparecer na grande mídia. Não faço música pra vender, faço música pra tocar as pessoas, despertá-las de um sono profundo que nosso sistema tem nos colocado. Música assim não interessa a quem quer controlar a massa. Mesmo com todos esses contratempos eu fico feliz em ter o retorno que tenho. A França se tornou minha segunda casa e fiz grandes amigos por lá. Não quero deixar de tocar e expandir minha música nem lá nem aqui.

12 - Assim como você, o Cantor Armandinho, teve as mesmas dificuldades de ser reconhecido nacionalmente, tendo que ter sido primeiramente aclamado pelo público, para somente depois ser lançado na mídia. Na sua opinião, qual o motivo dessa resistência musical em relação ao eixo norte-nordeste, em detrimento de outras bandas do Centro Oeste, do Sul e do Sudeste do Brasil, como o Natiruts, Ponto de Equilíbrio, Planet Roots e Planta e Raiz?
Andread Jó – Essa é uma pergunta muito interessante. A grande mídia está centralizada no Rio e em São Paulo. Artistas que estão nesse eixo são bem mais privilegiados que nós que estamos aqui no Nordeste e Norte do pais. Creio que a internet tem encurtado essa distância mas ainda sim é mais fácil para quem está no Sudeste e Sul do país que pra nós que estamos na região Nordeste e Norte.

13 - Em 2008, você retornou para o fazer shows com o Donaleda. O que motivou essa decisão? Já que aparentemente, você já havia se consolidado na carreira solo...
Andread Jó – No fim de 2007 voltamos a ter mais contato e isso resultou em alguns shows onde nós tocamos juntos. Naturalmente acabamos voltando a trabalhar juntos. Musicalmente eu e a Donaleda temos uma afinidade muito grande e creio que isso foi o ponto decisivo pra que voltássemos a fazer shows juntos.

14- Qual a expectativa da banda agora em 2009, com o lançamento do novo álbum, "Tudo tens de Rever"?
Andread Jó – Estamos muito felizes com o resultado final do disco. Dia 14 estamos fazendo o lançamento oficial do disco aqui em Fortaleza e vamos seguir com essa turnê até fevereiro de 2010. Pretendemos ainda no ano de 2010 lançar dois novos discos, um meu e outro da Donaleda. Graças a Deus estamos tendo um ótimo retorno do público tanto em relação ao disco novo quanto ao fato de estamos tocando juntos novamente.


15 - Conheces as bandas de Reggae do Pará? Qual ou quais você tem maior identidade?
Andread Jó – Desde 2004 temos nos apresentado em Belém, o que possibilitou fazermos grandes amigos e contatos com as bandas locais. Cheguei a tocar algumas vezes com a Jaafa Reggae e uma vez com a Cristal Reggae. Acho o movimento reggae do Pará muito bacana e as bandas tem mostrado bastante amadurecimento nesses anos. A banda que eu tenho mais afinidade é a Jaafa. Acho que eles tem muito potencial!! A Yeman Jah é outra que vejo um futuro promissor. Isso não quer dizer que existam outras bandas boas em Belém. Citei apenas as que conheço bem.

Andread Jó e Donaleda, em Belém, no Mormaço (06/11/2009).

16 - Segundo consta, há uma grande expectativa de gravar o primeiro DVD ao vivo da banda. Quando e onde ocorrerá essa gravação? Belém, fará parte desse show histórico?
Andread Jó – Esse ano já começamos discutir sobre a gravação do Dvd. Ainda não decidimos com certeza se gravaremos aqui em Fortaleza. Eu ficaria muito contente se fosse no Pará. Quando nossa carreira começou, Belém foi uma das primeiras cidades que fomos fora do nosso estado, Ceará, e nossa identificação com a cidade e com as pessoas é muito grande. Vamos aguardar! No início de 2010 teremos grandes novidades!!!

Donaleda e Andread Jó - LANÇAMENTO do Novo CD "Tudo Tens de Rever". 14/11/2009 - Sábado. Local: REGGAE CLUB (rua José Avelino, 508 - Praia de Iracema).
Ingressos à venda na HOT LINES - SURF BEAT - CENTRAL SURF.
Mais informações: (85) 8701.6797 http://www.reggaeclub.com.br/

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Release Andread Jó e Donaleda

Andread Jó inciou-se na música aos 15 anos como autodidata e aos 17 já fazia apresentações em bares da cidade de Fortaleza. Em 2001, Andread Jó, junto com amigos, formam a banda de reggae, Donaleda, banda que revolucionou a cena reggae em Fortaleza e no estado do Ceará, com composições fortes, alcançando o primeiro lugar nas rádios jovens de Fortaleza com sua primeira música, Luz de Jah, rendendo vários shows pelo Brasil e sua primeira parceria como compositor com o jamaicano Eric Donaldson, onde seguiram em turnê pelo Brasil no ano de 2004.

No início de 2005 Andread Jó inicia seu trabalho solo e lança seu primeiro disco, Força, um trabalho onde o artista mostra pela primeira vez suas habilidades como arranjador. No disco estão inclusos os sucessos, Luz de Jah, Canto e Jah say Yes, além das inéditas, Searching a Way, A Viagem, Mundo Novo onde o artista acaba se firmando de vez na cena reggae nacional, fazendo importantes apresentações nos dois maiores festivais de reggae do Brasil; Maranhão Roots Reggae - 2005 (São Luis - Maranhão), Independência ou Reggae - 2005 (São Paulo - Sp) e recebe o convite para abrir os shows de Alpha Blondy nas capitais: Fortaleza - Ce, São Luis - Ma e Belém - Pa, onde Andread Jó e Alpha Blondy tornaram-se amigos e Andread ainda foi convidado a traduzir algumas palavras de Alpha Blondy para seu fiel público brasileiro em sua cidade natal, Fortaleza.

Com todas essas mudanças, Andread Jó dá seus primeiros passos rumo ao mercado internacional, e no ano de 2006 faz sua primeira turnê, tocando em mais de 10 cidades da França e em Tilburg, Holanda.

Em 2007, Andread Jó faz sua segunda turnê européia fazendo várias apresentações na França e um show na cidade de Mantova, Itália. Nesse mesmo ano, iniciam-se os trabalhos de composição para seu segundo disco, We are One, lançado em 2008 no Brasil.

Após receber um convite pela Cufa, Central Única das favelas, Andread Jó volta a Europa, mais precisamente Suécia, onde além três shows, trabalhou ainda como tradutor e testemunha do trabalho desenvolvido pela Cufa no Brasil, nos eventos de grande importância como: The National Cuncil of Swedish Youth Organizations (May 16-18 2008 Orebro - Sweden) discutindo com lideranças juvenis de vários países a questão da mudança climática, além de seminários nas escolas públicas nas cidades de Estocolmo e Uppsala.

Inicia-se 2009 e Andread Jó começa a compor canções novas e fazer participações especiais no trabalho dos grupos de Rap da periferia de Fortaleza, com Comunidade da Rima e com o artista Erivan, do grupo, Conscientes do Sistema, denunciando as desigualdades sociais e tratando de temas polêmicos como drogas, mais especificamente do crack, droga que vem destruindo famílias e a vida dos jovens brasileiros.

No mês de junho, de volta a França, faz algumas apresentações e percebe que a França acabara de virar sua segunda casa, surgindo assim sua primeira canção em francês com o título, ?La vie est une chanson?, faixa que estará no seu terceiro álbum solo, previsto para lançamento no segundo semestre de 2010.

Contatos:
Luis Alberto Santos (Brasil):
luisimpactopromocoes@hotmail.com

+ 55 85 8760 11 02
+ 55 85 9659 48 22

Marion Foucher (France):
peonne@hotmail.com

+ 33 676 158 116
+ 33 642 667 886

Visite as páginas na Internet:



ANDREAD JÓ

ANDREAD JÓ
WE ARE ONE - 2008
http://www.sendspace.com/file/saoukv

Não perca, Andread Jó em entrevista exclusiva nesta quinta-feira (12/11/2009), fala sobre seu retorno ao Donaledade, suas expectativas para o novo álbum, "Tudo tens de rever", sobre a gravação de um DVD ao vivo e ainda sobre as bandas de Reague Paraense.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Donaleda - Release Completo

DONALEDA & ANDREAD JÓ

Desde 2001, Donaleda vem trabalhando e divulgando a música reggae pelo Brasil, e o resultado desse projeto é o disco Liberdade e Libertação, 2003, o que levou a banda ao topo das rádios de Fortaleza e outras cidades do Nordeste, abrindo as portas para o mercado nacional.

No fim de 2004, André Augusto, sai da banda e segue carreira solo adotando o nome de Andread Jó, lançando em 2005 o disco Força, e em 2008, We are One, seguindo pelo Brasil e adentrando no circuito internacional, passando pela França, Holanda, Itália e Suécia nos respectivos anos de 2006, 2007 e 2008.

Reague Club - Fortaleza-Ce

Donaleda por sua vez em 2005 lança seu segundo álbum Resistência da Pedra, emplacando o hit H para os Presos na voz de Mr.Bobby, lançando seu 1º Clipe e seguindo na estrada levando seu reggae com uma pegada forte e com muita originalidade.

Açaí Biruta - Belém - Pa

No início de 2008 Donaleda & Andread Jó resolvem se unir, voltando à sua formação original e o resultado é a junção de toda a produção musical realizada por ambos os trabalhos e um disco inédito com o título Tudo tens de Rever, que terá lançamento oficial nesse ano de 2009.

É possível conferir todo nosso trabalho online, onde tem nossas músicas, fotos, vídeos e baixar tudo nos sites:

(Músicas dos Cds FORÇA-2005 e WE ARE ONE-2008)
(Músicas do Cd LIBERDADE & LIBERTAÇÃO-2003 e as do TUDO TENS DE REVER-2009).

Contatos:
Luis Alberto Caracas dos Santos
+ 55 85 - 8760.1102 / 9659.4822
luisimpactopromocoes@hotmail.com

Orkut: Donaleda
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domingo, 8 de novembro de 2009

Nilson Chaves - Artigo Especial de Aniversário

Simplicidade, singeleza, lirismo, regionalidade, afinação, talento, suavidade, poesia, amizade, consideração, alegria, paz e generosidade, resumem ao menos em parte, a vida e a obra desse grande cantor e compositor da Música Popular Brasileira e Paraense. É por mérito, uma ambulante história viva da nossa cultura.

Carlos Nilson Batista Chaves (Belém do Pará, 8 de novembro de 1951) é um grande e renomado cantor e compositor paraense, que faz de sua música, uma janela para o Brasil e o mundo.

Nilson Chaves, nasceu em Belém do Pará onde começou sua carreira participando de festivais de música e compondo para grupos de teatro paraenses. Por volta de 1975 decide mudar-se para o Rio de Janeiro onde canta em casas de shows, compõe para espetáculos de teatro e dança e torna-se parceiro, entre outros, de Luli e Lucina e Thereza Tinoco, que registram essas parcerias em discos. Vencedor de vários festivais, lança seu primeiro Lp, faz shows e o tempo se incube de mostrar-lhe que é na terra natal que corre a seiva de sua música.

Dono de uma voz suave e sensibilidade de um compositor que capta as saudades e lembranças de sua terra, Nilson Chaves, ao deixar fluir essa combinação, encontrou seu caminho de cantador e violeiro amazônico. O lançamento do seu primeiro disco "Dança de Tudo" em 1981, uniu a tradição da música brasileira às raízes amazônicas. Em seguida o lançamento do disco "Interior" (gravado em parceria com o cantor e compositor Vital Lima, em 1985), proporcionou-lhe uma ardente acolhida e um público imenso e caloroso na região ao norte do país. E não é por acaso que hoje dividi-se entre o Rio de Janeiro e o Pará, ambos pontos de partida para a irradiação de seus temas.

Cantador e violeiro amazônico, Nilson Chaves procura universalizar sua música - um sempre renovado compromisso com a emoção de sua terra - com suas raízes paraenses mas em dia com uma linguagem musical moderna, onde se encaixam, de forma leve e natural, os costumes e palavras da região.

"SABOR" é uma apoteose aos sabores da Amazônia, lançado em 1989.

Em 1990 lançou "AMAZÔNIA". Em 1992, entendendo a necessidade de proporcionar as novas gerações um contato mais próximo com a obra do Maestro Waldemar Henrique, lançou um disco com re-leitura dos clássicos desse compositor intitulado "WALDEMAR", também em parceria com Vital Lima. Lançado em CD, no ano de 1994, a qualidade do trabalho foi reconhecida pelos críticos do jornal "O GLOBO" na edição de 25 de dezembro de 1994 e "WALDEMAR" foi listado entre os dez melhores lançamentos daquele ano. Em 1993 lançou "NÃO PEGUEI O ITA" cuja faixa "Passarinho e Homem" foi vencedora do Prêmio Sharp de melhor arranjo (maio/94). Em 1997, em parceria com Sebastião Tapajós, lança o CD "AMAZÔNIA BRASILEIRA", tendo por base o espetáculo que vem percorrendo várias capitais brasileiras e que também foi apresentado na cidade de Berlim (Alemanha) em Setembro/97, durante a semana dedicada à música brasileira.

No ano de 1998, Nilson Chaves cantou para mais de 180.000 pessoas por todos os cantos desse Brasil e também pela cobiçada Europa em suas apresentações pela Alemanha, tendo se apresentado com Tetê Espíndola em Munique, bem como pela turnê com Sebastião Tapajós por várias cidades da França. Retornou ao Brasil para uma turnê com Chico César pelo norte do país. Todo esse público esteve presente em seus 150 shows.

Devido ao grande sucesso essa turnê já se repetiu em 1999, pelas principais capitais do norte.

Em Julho de 1999 esteve na França, onde se apresentou no Festival de Música Latino-Americana e em diversas cidades do país.

Nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2000 atuou como Diretor Musical do Projeto Cantorias Amazônicas no Centro Cultural Banco do Brasil, proporcionando ao público carioca o reconhecimento da sonoridade daquela região.

Nilson Chaves está comemorando seus 25 anos de carreira com o mais recente CD "TEMPODESTINO, 25 ANOS", gravado "ao vivo" com a participação do Coral e da Orquestra Jovem da Fundação Carlos Gomes e prepara-se para mais uma turnê pela Europa – a partir de junho de 2000 , desta vez por conta do lançamento de seu CD "TUDO ÍNDIO", licenciado para o selo alemão Tupirama Music.

São muitos os parceiros de palco de Nilson Chaves e entre eles estão Ney Matogrosso, Chico César, Flávio Venturini, Joyce, Zé Renato, Cláudio Nucci, Jane Duboc, Vital Lima, Danilo Caymmi, Eudes Fraga, Xangai, Toninho Horta, Sá e Guarabira, Paulo André Barata, Celso Viáfora, Dércio Marquez.

Eternizou-se em sua terra natal pela canção "Sabor Açaí". Sendo um dos cantores paraenses mais conceituados no mercado internacional, confessa seu orgulho de ser um artista genuinamente amazônico. Tem dois CDs lançados na Europa, já se apresentou em uma série de shows pela Alemanha e França. Já sofreu indicação ao Grammy Latino, o Oscar da Música Latino-americana. Foi um dos grandes destaques do Fercapo (Festival Regional da Canção Popular) promovido em Cascavel (Paraná) pelo Tuiuti Esporte Clube, entre 1984 e 1986.

Nilson Chaves tem parceiros por todo Brasil, dentre eles o compositor maranhense Jamil Damous, e construiu muitas amizades ao longo de 50 anos de existência que se traduzem em algo importante em sua vida. Foi por saudades dos amigos que ele começou a cantar o Pará, à época em que morava no Rio de Janeiro. Daí a marca de suas músicas influenciada pelas misturas de rítmos paraenses e por colegas, também paraenses, nacionalmente conhecidos.

Foi Sebastião Tapajós, paraense conhecido internacionalmente, principalmente na Alemanha,quem lhe ensinou a aprimorar as técnicas de violão. Lenine, Chico César e Flávio Venturini o influenciaram também contribuindo para a sua formação musical.

A relação com a música começou cedo, quando seu pai era proprietário de uma aparelhagem de som que, além de embalar os bailes, servia para a divulgação de propagandas de trabalhos vindos diretos das gravadoras. Foi assim, acompanhando o pai, que Nilson descobriu João Gilberto, Nara Leão, Maysa, Dolores Duran, pessoas que influenciaram em sua arte.

Discografia:

1981 - Dança de Tudo


1985 - Interior

1989 - Sabor
1990 - Amazônia

1991 - Em Dez Anos (Outros Brasis)

1992 - Waldemar

1993 - Não Peguei o Ita

1997 - Amazônia Brasileira

2000 - Tudo Índio

2000 - Tempodestino, 25 Anos (Tupirama Music)

2001 - Gaia

2001 - Em Dez Anos II (Outros Brasis)

2003 - Melhores Momentos
2006 - Maniva

Fonte:

Parabens Nilson! Mais do que um icone es um dos orgulhos da nossa Cultura Popular Paraense! Saúde, Reconhecimento, Respeito, Dignidade, Prosperidade e Sucesso, hoje e Sempre!